Clair de Lune - Claude Debussy
- Ana Cláudia Sousa
- 1 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
Não consigo identificar o meu género favorito de música. Gosto de todos, cada um à sua maneira.
Escolhi expor-vos esta música em particular, Claire De Lune, composta em 1905 por Claude Debussy. É o terceiro andamento da suite Bergamasque. Uma música tão antiga e tão moderna ao mesmo tempo. Um clássico.
Faz-me aninhar no meu pensamento, refletir sobre o passado, o presente e o futuro.
Faz-me querer emendar os erros feitos, fazer bem e construir um futuro brilhante.
Lembra-me das memórias boas. Dos chás quentinhos à lareira de um domingo e das viagens de carro pela serra num dia de primavera. Da alegria e dos pequenos prazeres da vida.
Lembra-me das memórias menos boas. Lembra-me a Maggie… que tive de deixar ir. Lembra-me dos sonhos que ficaram por realizar. Da companhia, do amor, lembra-me as saudades.
Causa o vazio e o completo em mim.
De certa forma, ajuda-me a relaxar e a concentrar. A mirar o alvo, a acertar.
Só quem tem a capacidade de “ouvir a música com todos os sentidos” é que sabe do que exponho.
Temos de a escutar, de ver, cheirar e tocar. Temos de limpar a mente, alcançar a serenidade e escutar com o coração. Eu chorei a ouvi-la. Revela que os acordes tocados pausadamente, conseguiram invadir a minha alma destroçando-a e, de algum modo, sarando-a.
Marta Gorjão da Silva
Estudante do Ensino Secundário
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